Uma pesquisa recente divulgada pela revista científica The Lancet revela dados preocupantes sobre o avanço da obesidade no mundo. Segundo o estudo, mais de 1 bilhão de pessoas são obesas, incluindo 159 milhões de crianças até 2022, número que pode ser ainda maior em 2024. Esse quadro alarmante reforça a urgência de grandes mudanças na forma como a obesidade é combatida globalmente.
A equipe internacional de cientistas por trás da pesquisa alerta que a obesidade aumenta significativamente o risco de desenvolver diversas condições de saúde graves, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer. No entanto, fatores como campanhas de marketing agressivas que promovem alimentos não saudáveis, aliados ao custo e à limitada disponibilidade de alimentos saudáveis, dificultam a prevenção. O relatório destaca que a taxa de obesidade quadruplicou entre crianças e adolescentes, enquanto, entre adultos, mais que dobrou para mulheres e quase triplicou para homens.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) comentou sobre a importância de prevenir e controlar a obesidade ao longo da vida, desde a infância até a fase adulta, promovendo uma dieta equilibrada, atividade física e cuidados de saúde adequados. A pesquisa contou com uma extensa rede de mais de 1.500 pesquisadores, que, em colaboração com a OMS, analisaram medidas de altura e peso de aproximadamente 220 milhões de pessoas com cinco anos ou mais.
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A obesidade infantil em particular representa um desafio crítico para a saúde pública global, pois não apenas compromete a saúde física das crianças, mas também afeta sua saúde mental, podendo causar baixa autoestima e isolamento social. Em muitas partes do mundo, os alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras, são os mais acessíveis, enquanto os alimentos frescos, como frutas, verduras e proteínas magras, permanecem inacessíveis para grande parte da população. Essa realidade é impulsionada por campanhas de marketing intensivas e políticas públicas insuficientes para promover hábitos saudáveis, sobretudo entre as comunidades mais vulneráveis.
Estratégias de combate à obesidade infantil envolvem a criação de ambientes escolares saudáveis, programas de educação alimentar e a promoção de atividades físicas desde cedo. A colaboração entre governos, escolas, empresas e famílias é fundamental para que haja uma mudança significativa. Paralelamente, conscientizar a população sobre a importância de uma alimentação equilibrada e de hábitos saudáveis é um dos pilares para enfrentar o problema, e informações confiáveis, como as trazidas pela pesquisa da The Lancet, são cruciais para empoderar pais e comunidades a agir.
A obesidade é um problema multifacetado que exige esforços coordenados e contínuos, pois apenas com uma ação coletiva será possível conter o avanço dessa epidemia nas próximas gerações.
Matéria: BBC News Brasil.
Fonte: Revista científica The Lancet.